Um estudo da plataforma imobiliária Imovendo indica que entre janeiro e abril deste ano o mercado imobiliário português mostrou “sinais de escassez de imóveis” para vender, com destaque para as grandes cidades.
Segundo o estudo, nesse período a oferta de imóveis abrandou cerca de 6% face ao final de 2021. Em abril deste ano havia cerca de 135 mil imóveis disponíveis para venda, contra 150 mil anunciados no final de 2021. A maior queda de inventário deu-se nos apartamentos, enquanto a oferta de moradias se manteve relativamente estável durante os primeiros quatro meses do ano.
O estudo mostra ainda que a maior parte dos negócios se situam nas áreas das grandes cidades, em particular na grande Lisboa, e que há cada vez menos apartamentos, usados ou novos, à venda.
“Do lado da venda de imóveis, o ritmo de negócios é semelhante ao de 2021, tendo sido vendidos mais de 38 mil imóveis no primeiro trimestre do ano de 2022 e cerca de 13 mil em abril de 2022, ou seja, a procura continua ativa, apesar da subida de preços e das novas condicionantes aos empréstimos habitação”, diz um comunicado da Imovendo sobre o referido estudo.
Dado o contexto internacional, o estudo revela que as expectativas relativamente à compra e venda de imóveis para o primeiro semestre do ano são de estabilização, em comparação com o trimestre anterior, tanto nas zonas de Lisboa e Porto como fora delas.
Na opinião de Nélio Leão, CEO da Imovendo, “é expetável que esta incerteza, a guerra na Ucrânia e o ressurgimento de uma vaga de Covid afete a confiança dos consumidores e que se verifique um abrandamento no mercado imobiliário, sendo um mercado bastante resiliente durante os últimos dois anos”.