Investimento no setor comercial em Hong Kong triplica no terceiro trimestre

"Boom" ocorre após anos de depreciação de ativos e restrições financeiras, acentuadas pela escalada das taxas de juro

Desde o início do ciclo de flexibilização monetária, em setembro do ano passado, várias operações importantes foram concluídas (Foto Jimmy Chan)

Desde o início do ciclo de flexibilização monetária, em setembro do ano passado, várias operações importantes foram concluídas (Foto Jimmy Chan)

A captação de capital no setor imobiliário comercial de Hong Kong registou um aumento histórico no terceiro trimestre de 2025, com um incremento homólogo de 231%, segundo dados da Morgan Stanley Capital International (MSCI).

O volume negociado atingiu 4,9 mil milhões de dólares (4,23 mil milhões de euros), colocando a cidade como o segundo mercado com maior expansão na região Ásia-Pacífico, atrás apenas da Malásia.

De acordo com o fornecedor de serviços de dados, que compila operações avaliadas em mais de 10 milhões de dólares, trata-se do maior montante trimestral desde 2019, refletindo uma recuperação progressiva no setor imobiliário do enclave financeiro, duramente atingido nos últimos anos.

O relatório detalha que o capital se concentrou em escritórios, centros de dados, espaços comerciais, hotéis e residências para idosos.

A MSCI sublinhou que as principais operações em Hong Kong abrangeram tanto ativos corporativos como tecnológicos, impulsionadas por uma melhoria gradual dos fluxos de investimento provenientes da China continental.

Este “boom” ocorre após anos de depreciação de ativos e restrições financeiras, acentuadas pela escalada das taxas de juro, que atingiram máximos não vistos desde 2007.

No entanto, a recente decisão da Autoridade Monetária de Hong Kong de reduzir em um quarto de ponto a taxa de juros de referência, para 4,25%, aliviou os encargos com crédito e sustentou a atividade de investimento.

Entre janeiro e setembro, o investimento imobiliário no território acumulou 6,2 mil milhões de dólares (5,35 mil milhões de euros), um aumento anual de 39%, de acordo com cálculos da Morgan Stanley publicados hoje no jornal South China Morning Post.

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