O investimento de cidadãos estrangeiros na compra de casas na Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Lisboa, excluindo Parque das Nações, Lumiar e Santa Clara, bateu todos os recordes no ano passado, revela o jornal Diário de Notícias.
Citando dados do Confidencial Imobiliário, o jornal precisa que o capital investido pelos cidadãos estrangeiros em Lisboa atingiu os 923,1 milhões de euros, tendo estes particulares adquirido 1767 casas.
O valor médio por operação ultrapassou pela primeira vez a fasquia do meio milhão de euros, fixando-se em 523 mil euros, refere o jornal, destacando que os números “traduzem uma dinâmica histórica” e “fazem esquecer o ano em que deflagrou a pandemia”.
O volume de dinheiro estrangeiro investido em 2021, correspondente a 38% do total na aquisição de casas por particulares na ARU de Lisboa, apresentou um crescimento de 21% face ao anterior recorde, atingido em 2019, e um aumento da mesma ordem em relação a 2020, ano do início da pandemia. O número de imóveis adquiridos aumentou 15% face a 2020 e quase 6% face a 2019.
Segundo o jornal, os norte-americanos foram a principal nacionalidade a investir em habitação em Lisboa, onde aplicaram 134 milhões de euros, passando da terceira posição entre os principais investidores em 2020 e da quinta em 2019 para o primeiro lugar.
Os franceses mantiveram a segunda posição, gastando 126,1 milhões de euros, e os chineses, com um gasto de 119,7 milhões de euros, perderam o lugar de liderança e passaram para o terceiro.
Na quarta posição, surgem os cidadãos do Reino Unido, que quase duplicaram o valor de aquisições, investindo 91,4 milhões de euros, e na quinta os brasileiros, que reduziram em 9% os seus negócios em Lisboa para 67,7 milhões de euros.
De acordo com o Diário de Notícias, uma das tendências que se destaca no investimento estrangeiro do ano passado é a perda de atratividade do centro histórico de Lisboa, em proveito da expansão para outras geografias da capital.