Fitch melhora “rating” de Angola

Moeda angolana deve ganhar 15,1% este ano face ao dólar

Perspectiva de evolução é estável, mas longe da recomendação de investimento

Perspectiva de evolução é estável, mas longe da recomendação de investimento

A agência de notação financeira Fitch Ratings melhorou na sexta-feira o “rating” de Angola de CCC para B-, com uma perspetiva de evolução estável, antevendo um expansão económica de 2,1% para este ano, depois de crescer 0,1% em 2021.

O nível B- ainda está a cinco níveis abaixo do nível de recomendação de investimento.

“Houve uma melhoria substancial nas métricas externa e orçamental, sustentadas por um regresso ao crescimento económico positivo, boa gestão fiscal e preços do petróleo mais elevado”, escrevem os analistas da agência de notação financeira.

“Os preços do petróleo recuperaram significativamente desde o início da pandemia e a probabilidade de cenários negativos relacionados com os mercados petrolíferos caiu relativamente a setembro de 2020, quando descemos o rating para CCC, ou relativamente a setembro de 2021, quando mantivemos o rating em CCC”, argumenta a Fitch Ratings.

Por outro lado, a consultora Fitch Solutions, detida pelos mesmos donos da Fitch Ratings, prevê que a moeda de Angola ganhe 15,1% este ano, para 514,39 kwanzas por dólar, depois do forte ano de 2021, e melhorando face às outras principais moedas africanas.

“Antevemos que o kwanza vá apreciar-se 15,1%, em média, para 514,39 kwanzas por dólar em 2022, depois de um forte desempenho em 2021”, lê-se numa análise à evolução das principais moedas africanas no ano passado e neste ano.

Na análise, citada pela Lusa, os analistas da Fitch Solutions escrevem que “apesar de a produção de petróleo ter continuado a cair durante 2021, os melhoramentos em termos de comércio, num contexto de subida dos preços do petróleo, resultaram numa apreciação da moeda, particularmente no último trimestre do ano passado”.

“Também antevemos que a produção interna de petróleo cresça 4,4% este ano, depois de cinco anos de declínio, aumentando ainda mais a procura por kwanzas”, lê-se na análise, que alerta, ainda assim, que “a elevada inflação e o desemprego vão continuar a prejudicar a economia não petrolífera”.

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