O Fundo de Fomento Habitacional (FFH) abandonou a ideia de reduzir o preço das rendas das casas das novas centralidades e optou pelo alargamento dos prazos de pagamento.
A intenção do Governo de reduzir os preços das casas das centralidades havia sido anunciada em Junho do ano passado, no Lubango, pela então Ministra do Ordenamento do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho.
A arquitecta revelou na altura a existência de um estudo virado para a redução dos preços. Um mês depois, em Julho, em visita à província do Bengo, a ministra ressalvou, declarando que as reduções contemplariam apenas as casas de renda resolúvel comercializadas a preços altos.
Agora o administrador do Fundo de Fomento Habitacional (FFH), Adilson Silva, veio dizer que, na realidade, o que está em curso é um processo de uniformização das modalidades de pagamento em propriedade resolúvel para as centralidades do país, e não de redução de preços.
Em declarações ao Jornal de Angola, o administrador do Fundo de Fomento Habitacional, Adilson Silva, deu a entender que a ideia da alteração dos preços das rendas, em função das diferentes centralidades, foi abandonada pelo Governo, a favor do alargamento dos prazos de pagamento das rendas.
“Não houve alteração dos preços das casas, os prazos de pagamento é que foram alargados. O Estado fez questão de não prejudicar o cidadão, partindo do princípio de que as mudanças económicas não são da sua responsabilidade”, afirmou Adilson Silva ao diário luandense.
“O que se vai fazer é uniformizar o período de pagamento, passando de 15 a 20 anos, para 30 anos”, precisou Adilson Silva, comentando que, com base no novo processo, as pessoas vão sentir-se mais aliviadas no pagamento das rendas.
Quantas às diferenças de preços entre as centralidades, o Fundo de Fomento Habitacional considera isso normal, porque “pelas diferenças estruturais (entre elas), têm preços diferentes”.
Segundo o administrador do FFH, o Executivo está a trabalhar com os Cartórios Notariais no sentido de serem emitidas as Escrituras dos imóveis das pessoas que fizeram o pagamento na totalidade.
Ao mesmo tempo, o FFH está a identificar os moradores que não pagam as rendas. “As pessoas vão ser sensibilizadas para a regularização dos créditos. Depois deste período, os cidadãos que não pagarem poderão perder o imóvel”, voltou a ameaçar o responsável.
Por isso, o administrador do FFH aconselhou os inquilinos com dificuldades no pagamento das rendas a dirigirem-se ao FFH, explicarem a situação e negociarem a modalidade de pagamento adequada ao seu interesse.