A Imogestin desmentiu hoje, mais uma vez, que tivesse aberto inscrições para a venda ao público de habitações nas centralidades, desta feita reagindo a uma alegada denúncia à PGR por um grupo de trabalhadores e disponilizando-se para “prestar toda a informação que vier a ser solicitada”.
Através de uma “nota de esclarecimento”, a administração da imobiliária privada declara que apenas abrirá o processo de inscrições quando isso fôr definido pelas entidades competentes, designadamente, o Ministério do Ordenamento do Território e o Fundo da Fomento Habitacional.
Desde o início do ano passado todos os projectos habitacionais do Estado, incluindo as centralidades, antes tutelados pela Imogestin, passaram a ser geridos pelo Fundo de Fomento Habitacional (FFH) e pelo Instituto Nacional de Habitação (INH).
No comunicado, a empresa esclarece que nos últimos tempos tem vindo apenas a “ultimar alguns processos de candidatura de funcionários afectos a organismos da administração pública, órgãos de defesa e segurança e de empresas públicas e privadas, consistindo esse processo na recepção e validação de documentos e entrega de chaves, entre outros”.
Como tem feito repetidamente, desta vez a empresa volta a dizer que as vendas de casas ao público, quando de facto abrirem, serão realizadas através do portal de condadaturas www.imocandidaturas.co.ao.
Esse portal, precisa o documento, abrirá automaticamente e sem qualquer intervenção humana um número de candidatura sequencial que permitira aos candidatos tomarem conhecimento da sua situação face ao número de habitações disponíveis, podendo dessa forma contestar qualquer irregularidade.
A imobiliária justifica a sua “nota de esclarecimento” com o facto de ter sido posta a circular na redes sociais uma “alegada denúncia pública à Procuradoria Geral da República, supostamente da autoria de um grupo de trabalhadores da Imogestin, dando conta da existência de candidaturas ou inscrições para aquisição de habitações nas centralidades, antes da abertura oficial das vendas ao público”.
“Do alegado grupo de trabalhadores que não se identifica, tem a Imogestin fundadas dúvidas que pertençam realmente ao quadro de pessoal da empresa, pela inverdade e carácter da informação difamatória”, lê-se no documento, assinado pelo Presidente da Comissão Executiva, Victor Costa e Silva.
A “nota de esclarecimento” acusa os autores da referida informação à PGR de visarem “unicamente denegrir a idoneidade da empresa e dessa forma pôr em causa o processo de comercialização das habitações , que comprovadamente reduziu de forma significativa e possibilidade de fraudes”.