A Ministra do Ordenamento do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho, anunciou que a Centralidade de Mbanza Kongo começará a ser construída dentro de pouco tempo, por terem sido ultrapassados os problemas financeiros que atrasavam o arranque da obra.
A construção da Centralidade de Mbanza Kongo, uma das sete novas urbanizações que o Governo pretende erguer até 2022, foi consignada à construtora Omatapalo em finais de 2017, mas as obras nunca arrancaram por falta de financiamento.
Segundo a ministra, que esteve em Mbanza Kongo a 7 de Fevereiro, para visitar o local onde será erguida centralidade, a antiga pista de aviação, no Bairro 11 de Novembro, as dificuldades financeiras foram superadas em finais de 2018 e a obra vai agora avançar.
O valor da obra foi inscrito no OGE de 2019 e Ana Paula de Carvalho sublinhou que “está já disponível parte do montante global” reservado à empreitada, que tem um prazo de execução de 12 meses.
A Centralidade de Mbanza Kongo compreenderá 13 prédios de três pisos cada um, perfazendo 200 apartamentos de tipo T3, área comercial com oito lojas, arranjos exteriores, vias de circulação e uma estação de tratamento de águas residuais.
A empresa Omatapalo começou já a estudar uma solução adaptada à morfologia pantanosa dos solos do projecto, que se estenderá por dois hectares e vai requerer fundações especiais, indicou o coordenador da obra, Artur Almeida.
Património Mundial
A 8 de Julho de 2017, o centro histórico de Mbanza Kongo, capital do antigo Reino do Kongo, foi inscrito no Património Mundial da UNESCO, durante a realização da Conferência da UNESCO sobre o Património Mundial, em Cracóvia (Polónia).
O Comité de Gestão Participativa do Centro Histórico, coordenado pelo Governador da Província do Zaire, Pedro Makita Armando Júlia, tem um prazo de seis meses para elaborar o Regulamento Urbano da cidade, que definirá as áreas onde podem ser instaladas infra-estruturas comerciais e habitacionais.
A verba para este regulamento, inicialmente incluída no OGE, foi retirada devido à redução em 30 por cento da despesa determinada pelo Ministério das Finanças, mas Ana Paula de Carvalho apelou à conjugação de esforços entre o Ministério, o Governo Provincial e a Administração Municipal para o cumprimento da tarefa.
Além do Regulamento Urbano, a UNESCO exige a construção de um aeroporto fora da cidade e a retirada das antenas metálicas de operadoras de telefonia e da emissora da Rádio Nacional de Angola (RNA), tarefa que deve ser concretizada até 2020.