O imobiliário esteve entre os sectores que mais absorveram a grande fatia dos mil milhões de dólares em empréstimos que o Banco Angolano de Investimentos (BAI) concedeu ao sector privado em 2018, informou o Presidente da Comissão Executiva do banco, Luís Lélis.
As outras empresas privadas que receberam parte desse bolo pertencem aos sectores das pescas e turismo, indicou Luís Lélis na Conferência sobre o Financiamento ao Sector Privado promovida a 23 de Janeiro em Luanda pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
Para 2019, o Banco Angolano de Investimento (BAI) prevê conceder empréstimos de 70 mil milhões de kwanzas ao sector privado, acrescentou Lélis, citado pelo Jornal de Angola.
Para isso, o gestor do banco pediu que as empresas privadas apresentem projectos credíveis e estudos de viabilidade exequíveis.
Luís Lélis destacou que, comparativamente, o maior volume de crédito do banco tem sido concedido ao Estado, uma vez que isso oferece rentabilidade e segurança.
“Do ponto de vista da diversificação de risco, nós vamos e queremos conceder crédito ao sector privado, mas em termos de risco nós entendemos que é preferível conceder ao Estado”, disse o PCE do Banco Angolano de Investimentos (BAI).
Para o presidente do Banco Angolano de Investimentos, quando o banco investe em títulos e valores mobiliários do Estado, na realidade está a financiar a economia, “porque o Estado, quando recebe os recursos dos bancos, paga imediatamente os seus funcionários e prestadores de serviços”.
Segundo Luís Lélis, a taxa de crédito malparado no BAI é de 16 por cento, muito a baixo da média nacional, de 26 por cento.