Um total de 70 apartamentos da centralidade do Dundo, localizada na província da Lunda Norte, foram vandalizados, noticiou a agência noticiosa Angop, citando o Presidente do Conselho de Administração da Imogestin, Rui Cruz.
Segundo o responsável da Imogestin, empresa detentora dos direitos de comercialização e gestão das centralidades do Estado, os apartamentos sofreram “danos de pequenas dimensões”, nomeadamente, arrombamento de portas e janelas e danificação de casas de banho e torneiras.
O PCA da Imogestin garantiu entretanto à Angop que os apartamentos serão reparados, mas sublinhou que vai pedir contas à empresa responsável pela segurança dos imóveis da centralidade, que tem um contrato de prestação de serviços.
De acordo com o contrato, compete à empresa de segurança garantir a protecção dos prédios ainda não entregues aos proprietários e inquilinos.
As lojas da centralidade da Lunda Norte têm também registado inundações durante o tempo das chuvas. Para a resolução do problema, Rui Cruz garantiu que será implementado o projecto de drenagem das águas.
De um total de 5.004 apartamentos disponíveis na centralidade do Dundo, foram vendidas 3.000 unidades, enquanto outras 160, de uma cifra de mil apartamentos reservados, concluíram já um contrato de arrendamento.
O PCA da empresa indicou que a Imogestin pretende concluir o processo de vendas e arrendamento na centralidade do Dundo até o fim do corrente ano.
Um projecto estruturante
A Centralidade do Dundo é o maior projecto habitacional edificado na província angolana da Lunda Norte, marcando um ponto de partida no processo de urbanização desta cidade. O projecto implantado a 6 Km a sudoeste da Cidade do Dundo, conta com 419 edifícios, 5.004 apartamentos e 153 espaços comerciais.
Concebido para acolher cerca de 30 mil cidadãos, a centralidade é composta por apartamentos de tipologia T5, com 150 metros quadrados, e T4, com 140 m². Possui um hospital para 95 camas, creche com 24 salas e uma escola para 1.300 alunos.
A urbanização foi concebida pelo Estado em 2008, como um projecto estruturante, com o objectivo de solucionar o défice habitacional, sendo a Imogestin a empresa responsável pela comercialização dos imóveis.
Foram projectados 20.000 fogos habitacionais para a centralidade do Dundo para serem construídos de forma faseada. A primeira fase, para albergar os 30.000 habitantes, encontra-se concluída e estende-se por uma área de implantação de, aproximadamente, 117 hectares (23% da área estimada da reserva fundiária).
A primeira fase foi subdividida em sete zonas, sendo seis zonas habitacionais (zona 1 a 6) e uma zona de equipamentos sociais (zona 7).
A centralidade beneficia de um fornecimento energético que ronda os 33.90 MVA. Possui uma ETA e uma ETAR, assim como um sistema de captação de água junto do rio Luachimo, que abastece a urbanização.
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