Angolanos estão a investir no sector imobiliário da África do Sul

Imóvel da imobiliária sul-africana Pam Golding Properties em Gauteng

Imóvel da imobiliária sul-africana Pam Golding Properties em Gauteng

Os angolanos estão entre os cidadãos estrangeiros que estão a investir no sector imobiliário da África do Sul, revela o semanário “Saturday Star”, publicado em Joanesburgo.

No suplemento “Home”, da edição de ontem (26), o jornal diz que os investidores de África, incluindo não residentes, mostram “um apetite crescente” pelo sector imobiliário sul-africano.

Segundo jornal, enquanto que o número de compradores internacionais de imóveis residenciais na África do Sul permanece relativamente baixo, nos 3%, “o número sobe ligeiramente quando se trata de compradores de países de África”.

Entre os compradores de todo o continente que mostram interesse crescente pelos imóveis sul-africanos, estão compradores do Zimbabwe, Zâmbia, Namíbia, Nigéria, Botswana, Quénia, Moçambique, Angola, RDC, Ghana e Gabão, diz o semanário.

Empresários com negócios e filhos

“Esses investidores estão mais interessados em imóveis fixados entre cerca de 800 mil e 5 milhões de randes (15 milhões/93,4 milhões de kwanzas), com algumas consultas e transacções a chegarem aos 10 milhões de randes (186,7 milhões de kwanzas) e acima disso”, afirma o grupo imobiliário Pam Golding Properties, citado pelo jornal.

Segundo o jornal, muitos compradores de imóveis sul-africanos são executivos de negócios, incluindo empresários, que viajam regularmente para a África do Sul em negócios ou que estabelecem bases para expandirem as suas operações, não apenas na África do Sul, mas também em outros países africanos.

“Como eles podem passar um tempo considerável no país, faz sentido económico comprar uma casa aqui, uma tendência particularmente evidente em Gauteng, em áreas como Fourways, Sandton, Sandhurst, Hyde Park e Houghton”, diz Andrew Golding, director executivo da Pam Golding Properties.

“Outros, com crianças que frequentam escolas e universidades, procuram comprar uma casa onde possam morar quando visitam o país durante períodos de férias ou comprar um apartamento bem posicionado como alojamento estudantil para os seus filhos adultos, combinando isso como um investimento sólido”, sublinha Golding.

“Alguns investidores parecem ter casa de férias num local muito procurado, como a costa atlântica da Cidade do Cabo, os subúrbios do sul e a área de Blouberg, as regiões de Boland e Overberg, do Cabo, nomeadamente, Stellenbosch e Somerset West ou Hermanus, Kleinmond e Onrus ou a pitoresca Garden Route”, acrescenta Golding.

Proximidade do Sandton e aeroporto

Com um investimento sólido a longo prazo, um factor importante, bem como a conveniência e a centralidade da localização, novos empreendimentos residenciais seguros e propriedades de estilo de vida fechadas em áreas como Fourways, Blair Atholl, Illovo, Inanda e Kelvin, que estão em conveniente proximidade com o centro de negócios Sandton e o Aeroporto Internacional Oliver Tambo, e Pretória, encaixam-se nessa procura.

“Vemos um grande número de compradores de África a investir nos nossos novos empreendimentos”, diz Retha Schutte, executiva regional da Pam Golding Properties em Pretória.

“Como tendem a passar vários dias por mês aqui para fazer negócios, eles olham principalmente para apartamentos mobilados que estão disponíveis para o mercado de aluguer de curto prazo”, afirma a gestora imobiliária.

Outros compradores, particularmente os do Zimbabwe, procuram comprar imóveis residenciais em Gauteng e no Cabo Ocidental e também casas costeiras de férias e para a aposentação no Kwazulu Natal, com o seu clima temperado durante todo o ano, ou casas “lock-up-and-go” em áreas onde os seus filhos frequentam escolas privadas ou universidades, como Grahamstown, no Cabo Oriental.

Moçambicanos e quenianos

Segundo o “Saturday Star”, jornal pertencente ao grupo de media “Independent”, os compradores moçambicanos são atraídos pela aquisição de propriedades em cidades como Nelspruit, Komatipoort e Malelane, como resultado, principalmente, do comércio transfronteiriço entre os dois países.

Kunaal Samani, directora administrativa da Pam Golding Properties no Quénia, diz: “Para os quenianos, muitos dos quais têm crianças a estudar em instituições de ensino na África do Sul, os locais mais atraentes são a Cidade do Cabo e Joanesburgo”.

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