Edifício em ruínas, moradores do prédio “Treme-Treme” são retirados e realojados

Ao lado, vê-se o Prédio Treme-Treme

Largo Amizade Angola-Cuba, junto à Marginal de Luanda, vendo-se ao lado o Prédio Treme-Treme

Os 205 moradores do prédio “Treme-Treme”, um dos edifícios da cidade de Luanda em risco de desabamento, começaram a ser retirados na sexta-feira (18) do imóvel e realojados em habitações oferecidas pelo Estado angolano.

Das 200 famílias que viviam no prédio, 55 estão a ser realojadas na nova Urbanização do Cazenga. As outras 150 serão instaladas na Centralidade do Quilometro 44, no município de Icolo e Bengo. Todas as famílias recebem casas de tipologia T3.

Os moradores começaram a ser transportados, gratuitamente, em autocarros. Os seus bens e pertences foram levados em camiões.

O processo de mudança, acompanhado pelo Instituto Nacional de Habitação (INH), fiscais, bombeiros e polícias, foi programado para durar três dias.

Propriedade da empresa Siccal, o prédio de 17 andares, construído há 48 anos sem ser concluído, estava catalogado como um dos imóveis da cidade em estado de degradação e risco de desabamento.

Em consequência de confrontos militares que abalaram a sua estrutura e destruíram a canalização, criaram infiltrações de água e excesso de humidade, há muito que o edifício estava desprovido de condições de habitabilidade, mas as famílias não se retiravam por falta de soluções de realojamento no país.

A partir de 2002, como o regresso da paz ao país, o Governo angolano lançou um ambicioso programa de construção habitacional que deu habitação condigna a muitas famílias e permitiu aplicar medidas de realojamento.

A generalidade dos moradores manifestou a sua satisfação por ir para casas melhores, apesar de terem de abandonar um sítio onde fizeram sempre a sua vida, situado no centro da capital angolana, na esquina entre o Largo de Amizade Angola Cuba (ex-Largo do Baleizão) e a Rua Rainha Ginga.

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