Seis das dez maiores transações verificadas em 2021 envolveram a estreia em Portugal de investidores internacionais, nomeadamente dos franceses da Tikehau e da Icade Santé, dos norte-americanos da Jamestown, da Tishman Speyer e da Sixth Street e dos espanhóis da Azora, avança a consultora CBRE.
Segundo a consultora, no total, dez investidores investiram pela primeira vez em Portugal.
O investimento em imobiliário de rendimento no país alcançou os 2.200 milhões de euros em 2021, um volume de investimento menor que no ano anterior, mas ainda assim o quinto melhor de sempre, assinala a CBRE em comunicado.
“Não só foram transacionados diversos portefólios de elevado valor como também se registou um número significativo de transações (mais de 80), um indicador apenas superado nos anos de 2018 e 2019”, refere o comunicado.
De acordo com a CBRE, à semelhança de 2020, os investidores domésticos foram responsáveis por 25% do capital investido em imobiliário de rendimento em Portugal e os EUA e a França foram os principais mercados de origem internacional.
“Em termos de alocação do capital por setores”, sublinha a consultora, “40% foi canalizado para ativos de escritórios, 22% para imóveis residenciais de arrendamento, incluindo residências de estudantes, e 15% para hotéis”.
Os ativos de saúde, ao representarem “12% do volume de investimento, um peso recorde em Portugal”, são destacados na análise setorial da consultora.
Para 2022, segundo a CBRE, o volume de investimento em Portugal deverá registar um aumento de 50% face a 2021 e irá observar-se um aumento do investimento em ativos de saúde, residências para seniores e estudantes, além dos hotéis, e nas transações de imóveis de logística e escritórios, apesar das dúvidas relativas ao modelo futuro do trabalho.