Os CTT criaram no final do ano passado a sociedade imobiliária CTT IMO, que vai dedicar-se à compra e venda de imóveis e à gestão e rentabilização do património do grupo, avaliado em mais de 200 milhões de euros.
Segundo fonte da empresa citada pelo jornal ECO, a ideia dos CTT passa por transferir o portefólio imobiliário para a nova sociedade, mais um passo na alienação do portefólio, que os CTT têm vindo a fazer nos últimos anos.
De acordo com o jornal, não se sabe ainda quais os imóveis que vão ser incluídos no portefólio, nem os investimentos financeiras que poderão ser realizados através da nova sociedade.
A CTT IMO foi constituída no dia 23 de dezembro de 2021 e conta com o mesmo conselho de administração dos CTT, liderado por João Bento, que tem mandato até 2023.
O objetivo da CTT IMO é a “compra, permuta, venda e arrendamento de bens imobiliários, revenda dos adquiridos para esse fim, a promoção e a gestão imobiliárias, assim como a administração de bens imóveis próprios”, refere o jornal.
O documento de constituição da empresa, divulgado no portal da Justiça, diz que a nova sociedade imobiliária “pode participar em contratos de consórcio ou contratos de associação em participação, em agrupamentos complementares de empresas e em agrupamentos europeus de interesse económico e, bem assim, adquirir, originária e subsequentemente, ações ou quotas em sociedades de responsabilidade limitada e participações em sociedades de responsabilidade ilimitada, qualquer que seja o respetivo objeto e mesmo se sujeitas a leis especiais”.
A criação da CTT IMO foi abordada pela primeira vez em julho de 2019 pelo CEO dos CTT, João Bento, que em conferência com analistas do mercado disse que os CTT iriam “implementar a otimização” do seu portefólio imobiliário e que a operação seria encaixada no “plano de transformação operacional”, e colocada “em linha com a política de alienação de ativos não estratégicos”.
A constituição dos CTT IMO surge no momento em que está a ser finalizado o novo contrato de concessão do serviço postal universal, que deveria ter entrado em vigor a 1 de janeiro de 2022.