O mercado imobiliário angolano em 2019 “esteve parado” e foi a “continuidade” do que aconteceu em 2018, afirma a consultora Abacus no seu Relatório do Mercado Imobiliário de Angola 2020.
O documento, publicado nestes dias, destaca que “apenas residualmente” se concretizaram algumas operações no ramo imobiliário da economia de Angola.
Segundo a consultora Abacus, o efeito da desvalorização cambial que se sentiu em 2019 teve um impacto directo no sector imobiliário, com a redução dos valores de arrendamento e uma controlada redução dos valores de venda, vindo a pressionar os yields imobiliários.
Apesar da presente conjuntura económica negativa, o relatório da Abacus aponta a esperança de em 2020, com o aumento residual da procura, o mercado poder voltar a ter “um ritmo aceitável”.
Sendo o mercado imobiliário angolano dependente do universo empresarial, diz a Abacus, o relatório diz que se houver um ligeiro aumento da procura imobiliária em 2020 por força do sector petrolífero, “isso trará ao mercado um sentimento de confiança que tanto que necessita”.
“A confirmar-se a entrada de quadros expatriados, em breve, principalmente em Luanda Cidade, o stock de algum tipo de produtos ficará esgotado, levando ao início do crescimento dos preços”, projecta a Abacus.
O relatório refere que em 2020 “o desempenho do sector imobiliário não só depende do investimento de sectores estratégicos, mas igualmente, com a implementação das políticas económicas, da estabilização do ambiente político, que o preço do barril de petróleo, se mantenha em linha com o orçamentado, além de uma política cambial estável”.
“Em resumo”, conclui a Abacus no relatório, “é nossa opinião que o sector imobiliário continuará a depender de factores externos, objectivamente traduzido num crescimento das empresas e da vinda de expatriados, que são os ocupantes via arrendamento de grande parte dos activos residenciais hoje disponíveis”.
O Relatório do Mercado Imobiliário de Angola 2020 da consultora angolana Abacus já vai na sua 11ª edição.