O Governo da Província da Huíla vai expropriar os edifícios inacabados e terrenos urbanos abandonados da cidade do Lubango, anunciou o governador provincial, Luís Nunes.
A explicação avançada para a expropriação foi que essa medida servirá para “evitar que os locais sirvam de refúgio para meliantes e retirem a estética da urbe”.
De acordo com a agência Angop, os proprietários dos edifícios já estão a ser notificados pela Administração Municipal do Lubango para que tomem uma posição, no prazo de seis meses, quanto ao aproveitamento das propriedades.
A decisão foi anunciada na terça-feira 10/02 à imprensa pelo Governador da Província da Huíla, Luís Nunes, que não avançou datas exactas para a aplicarção da medida.
Segundo o goverandor, estes espaços têm servido de depósito de lixo e de esconderijo de meliantes, facto que tira estética à cidade e representa um perigo para os munícipes.
Luís Nunes referiu que o Governo da Província da Huíla está ainda estudar o melhor destino a ser dado aos espaços e obras inacabadas da cidade do Lubango.
No município do Lubango existem mais de 200 terrenos urbanos abandonados e mais de 100 residências degradadas e desabitadas, indica a Angop.
Em Julho de 2018 já o anterior Governador da Huíla, Marcelino Tyipinge, havia anunciado que iria começar a confiscar, nesse ano, os edifícios privados abandonados. Com a sua exoneração pouco depois, a medida foi interpretada como derradeira tentativa de apropriação de bens alheios a coberto do Estado, uma prática frequente em Angola.