Prime Yield apresentou o seu estudo anual sobre o imobiliário angolano

Logótipo da Prime Yield Angola - IMOBILI1000

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A consultora Prime Yield Angola apresentou hoje (10/5) o seu mais recente estudo sobre o mercado imobiliário angolano, o “Flash Mercado Imobiliário Angola 2018-2019”.

No documento, a empresa conclui que as condições económicas de Angola continuaram a afectar a dinâmica do mercado imobiliário, confirmando que a oferta se mantém superior aos níveis de procura nos diversos segmentos, um desequilíbrio que se tem reflectido na pressão em baixa de preços e rendas.

Não obstante estes condicionalismos, a empresa destacou que os imóveis continuam a ser considerados um investimento seguro e bastante atractivo face à desvalorização cambial.

“O cenário económico desfavorável dos últimos anos tem tido muito no mercado imobiliário, especialmente devido às dificuldades de financiamento, juros elevados e a instabilidade cambial”, começou por comentar Valdire Coelho, Director da Prime Yield Angola, na apresentação do documento.

“A procura está menos dinâmica e a oferta mantém-se em níveis acima da capacidade de absorção, o que gera um ritmo lento de escoamento de produto, com reflexo nos preços e rendas, que continuam a decrescer. Paralelamente, verifica-se uma redução generalizada do investimento e o adiamento de novos projectos”, disse Valdire Coelho.

“Ainda assim, o imobiliário terá sempre uma base sólida e, mesmo no contexto actual, é visto como um investimento de protecção e baixo risco, sobretudo para quem pretende aplicar as suas poupanças num cenário de elevada desvalorização cambial que afecta outras classes de activos de investimento. A par disso, 2019 já promete ser um ano de alguma retoma para o mercado imobiliário, pois não só a Economia está a dar sinais de melhoria, como se deram alguns passos de relevo para estimular o investimento externo, nomeadamente a alteração na lei do investimento privado”, concluiu o gestor.

De acordo com o estudo da Prime Yield Angola, no mercado de escritórios, Luanda registou uma absorção contida, mantendo-se o percurso de contracção dos preços e rendas, com descidas que se situaram (em ambos os casos) entre os 16% e os 22% nas diferentes zonas.

O CBD (Central Business District) continuou, contudo, segundo a consultora e avaliadora imobiliária, a apresentar alguma resistência em ajustar os preços de venda (descida de apenas 2%), embora nas rendas se verifique uma descida de 16%.

“De qualquer forma, de modo geral, existe maior abertura ao ajuste das rendas como forma de rentabilizar os activos e minimizar as perdas de investimentos realizados, e o mercado de ocupação já começou a dar alguns sinais de maior dinamismo no final de 2018”, referiu a empresa na apresentação do estudo.

Quando ao mercado residencial, a Prime Yield Angola salientou que os compradores domésticos mantiveram-se como o público mais activo, depois de anos em que os expatriados foram o principal motor de procura residencial.

“Este último grupo continua em retracção, mas também a procura nacional abrandou ligeiramente face ao ano anterior, sobretudo por dificuldades no acesso ao crédito à habitação”, apontou a empresa. Segundo o estudo, os preços médios na habitação continuaram a descer quer nos apartamentos T3 em Ingombota (-6%) quer nas moradias V3 em Talatona (-3%), embora de forma suave.

Relativamente ao imobiliário hoteleiro, a Prime Yield sublinhou que registou o desempenho mais positivo, com um ligeiro aumento nas taxas de ocupação, se bem que estas ainda se mantenham em níveis reduzidos.

Nos hotéis, as diárias recuaram face ao ano anterior nas unidades de 4 estrelas (-13%) e de 3 estrelas (-45%), devendo-se a descida neste último segmento ao “aumento de oferta”.

Nos hotéis de 5 estrelas houve mesmo um ligeiro aumento neste valor, o que se explica pela existência de poucas unidades com esta categoria, referiu a Prime Yield Angola no acto de apresentação do estudo, convocado para a sua sede, situada no Edifício Presidente, Largo 17 de Setembro, nº 3, 4º piso, fracção 419.

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