OGE de 2019 projecta investimento de 397 milhões de USD na construção de imóveis

Estimativa de aumento na construção imobiliária (Photo by Timur Saglambilek from Pexels)

Estimativa de aumento na construção imobiliária (Photo by Timur Saglambilek from Pexels)

A proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2019 projecta investimentos na construção de imóveis no montante de 123,1 mil milhões de kwanzas (397 milhões de dólares), um aumento de 23,6% em comparação com o programado em 2018, ano em que a verba programada foi de 94 mil milhões de kwanzas (303,2 milhões de dólares).

Para a construção de infra-estruturas e instalações, a proposta de OGE reserva para 2019 investimentos de cerca de 662,7 mil milhões de kwanzas, mais 7,1% do que em 2018, quando foram inscritos valores de cerca de 615,3 mil milhões de kwanzas.

Para a aquisição de imóveis, a proposta de OGE destina 32,8 mil milhões de kwanzas para 2019, representando um aumento de 115,8% em relação a 2018 (15,6 mil milhões).

No que toca a investimentos em obras de reabilitação de imóveis, infra-estruturas e instalações, está preconizada uma redução significativa de 68,6%, para 72,3 mil milhões de kwanzas, relativamente aos 121,9 mil milhões de 2018, e no que se refere a arrendamento de imóveis está projectado uma ligeira diminuição (5,1%), para 16,8 mil milhões de kwanzas, comparativamente aos 17,7 mil milhões de 2018.

No capítulo do urbanismo, a proposta de OGE para 2019 aponta para o aumento das despesas em serviços de limpeza e saneamento, para 58,2 mil milhões de kwanzas (44,5 mil milhões em 2018), e em serviços de manutenção e conservação despesas, para 79 mil milhões de kwanzas (64,8 mil milhões em 2018).

O Governo angolano vai acelerar as obras de requalificação e desenvolvimento local e regional, inscrevendo a maior parte dessas obras no Orçamento Geral do Estado, antecipando assim as primeiras eleições autárquicas em Angola e as promessas do Governo saído das eleições gerais de 2017, chefiado por João Lourenço, de melhorar as condições de vida da população.

O Director Nacional da Habitação, Adriano Silva, disse no Fórum Urbano Nacional, realizado nos dias 30 e 31 de Outubro, que o Governo de Angola vai distribuir nos próximos quatro anos 122 mil novas habitações.

Em meados do mesmo mês, o mesmo Adriano Silva anunciou que mais sete novas centralidades vão ser construídas em Angola, nomeadamente nas províncias do Bengo, Malanje, Cuanza Sul, Cuanza Norte, Cunene, Zaire e Lunda Sul, que não foram contempladas na primeira fase do Programa Nacional de Habitação.

O sector imobiliário em Angola cresceu de maneira vertiginosa desde o regresso da paz, em 2002, quando foram construídas centralidades, condomínios e grandes projectos habitacionais e comerciais, mas foi o mercado fortemente sacudido pela crise financeira originada pela queda abrupta das receitas da venda do petróleo ao exterior.

O Governo está agora apostado numa dura batalha para recuperar a economia.

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