O Governo angolano vai construir, nos próximos tempos, novas centralidades em sete províncias do País, soube-se de fonte oficial.
Segundo uma informação publicada na página do Ministério do Ordenamento do Território e Habitação na rede social Facebook, esse facto foi anunciado em Luanda pelo Director Nacional da Habitação, Adriano Silva, durante um acto comemorativo do Dia Mundial do Habitat, que se celebra na primeira segunda-feira de Outubro.
O Director Nacional da Habitação identificou as províncias que receberão as sete centralidades como sendo Bengo, Malange, Cuanza Sul, Cuanza Norte, Cunene, Zaire e Lunda Sul.
Adriano Silva explicou que essas sete províncias não beneficiaram inicialmente do programa de construção de centralidades, lançado em Angola em 2008 com a colocação da primeira pedra da Cidade do Kilamba.
De acordo com o Director Nacional da Habitação, o programa habitacional do Estado vai ser retomado com a construção de 200 fogos habitacionais em 130 dos 163 municípios existentes em Angola e a edificação de aldeamentos auto-sustentáveis em alguns municípios.
Adriano Silva falava numa conferência de imprensa conjunta entre o Escritório da UN-Habitat em Angola, o Centro de Investigação Científica e Arquitectura da Universidade Lusíada, a organização não governamental canadiana Development Workshop (DW) e o Centro Cultural Brasil Angola, realizada por ocasião do projecto “Outubro Urbano”, que reflecte sobre temas em torno do desenvolvimento urbano.
Adriano Silva justificou a decisão de construção de “mais de sete centralidades”com o facto de nos últimos anos, não obstante o êxodo rural que se deu em Luanda e noutras cidades de Angola, “haver uma permanente busca pela satisfação das necessidades em termos de habitação social”.
O responsável anunciou que os 130 municípios onde o Executivo vai retomar o programa de construção de 200 fogos habitacionais já estão identificados.
Adriano Silva disse ainda que o Governo angolano vai ao mesmo tempo promover a construção de infra-estruturas integradas e edificar aldeamentos auto-sustentáveis através de um projecto-piloto que será iniciado em breve no município do Belize (Cabinda).
“Para tornar tudo isso mais efectivo e compacto, o Executivo lançou mão a programas de requalificação urbana e mobilidade urbana”, indicou o responsável.
O objectivo, segundo Adriano Silva, é tornar a qualidade de vida dos cidadãos mais estável e tornar as cidades mais funcionais e sustentáveis.
“Pretendemos reflectir sobre os novos paradigmas daquilo que é o desenvolvimento urbano sustentável. Daí estarmos a realizar esta plataforma”, disse Adriano Silva, citado pela página do Ministério do Ordenamento do Território e Habitação no Facebook.