A Governadora da Província do Bengo, Mara Quiosa, anunciou quinta-feira (4) que vai entregar 20 casas inacabadas da comuna do Cazuangongo, no município do Pango Aluquém (Bengo), a cidadãos que tenham capacidade para as concluir.
As 20 casas, do tipo T3, estão inseridas no programa de construção de 200 fogos habitacionais que os governos das províncias angolanas promoveram nos municípios e ficaram por concluir, na maior parte dos casos.
Segundo a governadora Mara Quiosa, as obras inacabadas do Pango Aluquém estão paralisadas há um ano.
A governadora esclareceu que a decisão de as administrações municipais entregarem as casas inacabadas a habitantes locais é feita em cumprimento de orientações metodológicas recebidas do Ministério do Ordenamento do Território e Habitação.
Os cidadãos que receberem as casas inacabadas deverão concluir as obras, colocando portas e janelas. Em seguida, o Estado fará uma redução no preço de venda da residência entregue, disse a governadora.
A venda de casas inacabadas é praticada até por imobiliárias privadas em Angola, onde muitos projectos imobiliários ficaram por concluir, a partir de 2009, por causa da crise de financiamento que atravessou o país, com a baixa das receitas vindas do petróleo, e atingiu toda a economia.
Apesar de muitas habitações apresentarem apenas o esqueleto, sem janelas e portas, nem ligação a redes de água potável, luz e saneamento, os preços não estão ao alcance daqueles que delas mais precisam, pelo que acabam por cair nas mãos de especuladores e acentuam o caos urbanístico no país.