ShopRite: títulos em Angola ajudaram a melhorar fluxo de caixa do grupo sul-africano

O CEO da ShopRite, Pieter Engelbrecht, durante a apresentação dos resultados financeiros do grupo, referentes ao último semestre de 2019, na Cidade do Cabo

O CEO da ShopRite, Pieter Engelbrecht, durante a apresentação dos resultados financeiros do grupo, referentes ao último semestre de 2019, na Cidade do Cabo


A maior cadeia de Supermercados de África, a ShopRite, informou na quarta-feira (26/2) que os rendimentos obtidos com títulos e obrigações do tesouro em Angola contribuíram para uma melhoria do fluxo de caixa do grupo em 2019.

Os resultados sobre o desempenho do grupo no segundo semestre do ano passado mostram que os rendimentos conseguidos com esses títulos em Angola foram de 459 milhões de rands (mais de 29,6 milhões de dólares americanos), indicou o grupo.

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A ShopRite, que opera em 14 países em toda a África, sem contar com a África do Sul, anunciou, por outro lado, que está a rever as suas operações de Supermercados fora do mercado sul-africano e a limitar a expansão futura.

A decisão foi anunciada depois de os resultados dos Supermercados não sul-africanos do grupo terem caído 62,3%, para 58 milhões de rands (mais de 3,7 milhões de dólares) naquele período.

O grupo informou que fechará lojas e negociará reduções de arrendamento imobiliário após desvalorizações cambiais e condições de comércio desafiantes no continente terem pesado sobre os lucros.

O chefe executivo da ShopRite, Pieter Engelbrecht, disse que o grupo vai também desdolarizar os custos para melhorar os ganhos.

Redução de gastos com imobiliário

No último semestre de 2019 o lucro comercial do grupo no continente diminuiu devido a uma redução de 68 milhões de rands (USD 4,4 milhões) na receita de juros auferida em títulos e obrigações públicos e a margem comercial total caiu de 5,5% para 5%, disse o grupo.

Quanto ao imobiliário, o capital gasto em propriedades, instalações e equipamentos e software caiu 30%, para 2 mil milhões de rands (129,7 milhões de dólares), com 405 milhões (USD 26,1 milhões) gastos em benfeitorias em imóveis arrendados e na compra de terrenos vagos para oportunidades futuras, 712 milhões (USD 45,9 milhões) em reformas de lojas e 369 milhões (USD 23,8 milhões) em novas lojas, excluindo terrenos e edifícios.

Os restantes 483 milhões de rands (USD 31,2 milhões) foram gastos em projectos de tecnologia informática e cadeia de suprimentos.

A empresa informou que vendeu imóveis no valor de 621 milhões de rands (USD 40,1 milhões) e enveredou pela venda e aluguer da sua frota de veículos comerciais, tendo estas vendas produzido 1,1 mil milhões de rands (USD 71 milhões) de receita.

Lucros satisfatórios

No total, a ShopRite informou que registou um aumento de 5,3% no lucro total antes de juros, impostos e amortização, para 6,8 mil milhões de rands (USD 439,1 milhões), o que foi satisfatório, dado o ganho de 1,1% dessa percentagem representar a participação do mercado doméstico da África do Sul.

Segundo o grupo, a liquidez de tesouraria melhorou de 3,2 mil milhões de rands (USD 206,6 milhões) para 8 mil milhões (USD 51,7 milhões), devido à melhoria dos fluxos de caixa das operações, à redução do gasto de capital e à alienação de activos.

Para essa melhoria da posição de caixa contribuíram os rendimentos dos títulos e obrigações do tesouro em Angola, no valor de 459 milhões de rands (USD 29,6 milhões), precisou o grupo.

Em relação aos Supermercados, a ShopRite considerou que o ambiente operacional fora da África do Sul continua a ser desafiante, já que esse segmento, composto por operações em 14 países em toda a África, registou um crescimento de vendas de 4,8% em moeda constante, apesar das vendas em rands terem caído 3,1%.

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