OCDE diz que as famílias portugueses podem vir a falhar prestações da casa

Em Julho o Banco Central Europeu (BCE) vai aumentar as taxas de referência, agravando o risco de incumprimento

Cerca de 70% dos empréstimos contratados pelas famílias em Portugal nos últimos anos são indexados a taxas de juro variáveis

Cerca de 70% dos empréstimos contratados pelas famílias em Portugal nos últimos anos são indexados a taxas de juro variáveis

As famílias portuguesas podem vir a falhar mais nas prestações da casa, com o aumento do crédito malparado e o incumprimento, diz a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) num estudo sobre a situação de Portugal divulgado esta semana.

“É altamente provável” que as famílias portuguesas falhem mais nas prestações da casa a partir de agora, num contexto de subida rápida das taxas de juro em reação à escalada da inflação, refere o estudo.

Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!

No novo outlook sobre as mais de três dezenas de países considerados ricos e desenvolvidos, a OCDE afirma que existe “uma probabilidade elevada e prevalecente” de haver novo incumprimento quando os países em causa têm um maior peso de contratos de crédito imobiliário indexados a taxas de juro variáveis.

Pela primeira vez desde 2016, o Banco Central Europeu (BCE) vai aumentar em Julho as taxas de referência e é possível que em Setembro venha a aumentar ainda mais as taxas para deter a escalada da inflação, não se prevendo quando este ciclo terminará.

“É maior a probabilidade de incumprimento das hipotecas quando as taxas de juro sobem em vários países do sul da Europa (Portugal e Grécia), do leste (Polónia, Bulgária, Roménia e países bálticos) e do norte europeu (Suécia, Finlândia e Noruega)”, afirma a OCDE.

Em Portugal, segundo os dados citados pela OCDE, cerca de 70% dos empréstimos contratados pelas famílias em Portugal nos últimos anos são indexados a taxas de juro variáveis.

Exit mobile version