Banco de Portugal alerta para risco de queda dos preços da habitação

Preços da habitação aumentaram 13% no primeiro trimestre de 2022 relativamente aos três meses anteriores

Devido ao contexto internacional, as expectativas para o primeiro semestre do ano são de estabilização

Devido ao contexto internacional, as expectativas para o primeiro semestre do ano são de estabilização

O Banco de Portugal (BdP) alertou sexta-feira que a redução dos preços no mercado imobiliário residencial, decorrente de alterações nas condições de financiamento, representa um risco para a estabilidade financeira.

Durante a apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal, a instituição dirigida por Mário Centeno destacou a necessidade de evitar que a concessão de crédito contribua para o aquecimento do mercado.

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“À semelhança do sucedido a nível internacional, e apesar da incerteza originada pela crise pandémica, os preços no mercado imobiliário residencial continuaram a aumentar em Portugal, refletindo, inter alia, a procura de habitação por não residentes, que se manteve, e a escassez de oferta”, assinala o documento, apresentado pelo administrador Luís Laginha de Sousa.

Na quinta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) assinalou um aumento de 13% nos preços da habitação no primeiro trimestre de 2022 relativamente aos três meses anteriores.

“No contexto do recente maior crescimento observado no crédito à habitação, é fundamental assegurar que este não passe a assumir um papel determinante para a evolução dos preços no mercado imobiliário“, apela o Banco de Portugal.

A recomendação que limita os prazos máximos de pagamento dos empréstimos da casa consoante a idade dos titulares, a vigorar desde 1 de Abril, tem-se “traduzido numa melhoria do perfil de risco dos mutuários e das características da carteira de crédito à habitação”, diz o BdP.

O Banco de Portugal refere que as circunstâncias atuais “justificam a necessidade de continuar a monitorizar os riscos no setor imobiliário residencial, em particular, num contexto de normalização da política monetária e de persistência da dinâmica de crescimento dos preços da habitação”.

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