De acordo com o relatório de mercado sobre o primeiro trimestre de 2025 realizado pela MVGM, o mercado de escritórios em Lisboa manteve-se estável, enquanto a cidade do Porto revela uma ligeira diminuição no arrendamento de escritórios, com os movimentos concentrados em contratos específicos nos setores logístico e tecnológico.
Segundo o estudo, a flexibilidade operacional tem vindo a afirmar-se como um dos fatores chave nas decisões de ocupação de escritórios em Portugal e as empresas estão a valorizar cada vez mais os ambientes que se adaptam melhor às suas necessidades, tais como o trabalho híbrido, a redução de espaço ocupado ou a criação de áreas de colaboração.
O mercado de escritórios releva contextos distintos entre Lisboa e o Porto. Em termos de valores de arrendamento, Lisboa apresenta um valor médio de 18,20€ por metro quadrado, enquanto o Porto regista um valor inferior, de 15,10€ por metro quadrado. É possível concluir que Lisboa apresenta um mercado de arrendamento mais valorizado e em crescimento, enquanto o Porto mostra sinais de ajustamento ou estabilização nas rendas.
Por outro lado, ao observar os valores de compra apresentados na pesquisa, o preço médio por metro quadrado em Lisboa é de 2.727,00€ e no Porto é de 2.361,00€. Embora Lisboa continue a ser mais cara, o Porto destaca-se pelo forte crescimento de preços, revelando maior dinamismo no mercado de compra e venda.
“O mercado português de escritórios reflete uma transição para modelos de ocupação mais sustentáveis e flexíveis, com foco na qualidade do ambiente de trabalho. A eficiência dos espaços assume um papel central nesta transformação. Enquanto Lisboa mantém o seu dinamismo, a cidade do Porto revela uma postura mais cautelosa. A nível nacional, consolida-se a procura por espaços adaptáveis e tecnologicamente preparados para o futuro do trabalho”, afirma Filipa Moreira, Responsável dos Escritórios na MVGM Portugal.
De acordo com a MVGM, as empresas demonstram cada vez mais interesse por espaços que oferecem maior conforto e melhores soluções sustentáveis, os edifícios com espaços colaborativos, com certificações ambientais e que facilitem o trabalho híbrido são os mais escolhidos, uma tendência que tem levado ao aumento da procura de imóveis que ofereçam layouts versáteis, tecnologias integradas e serviços complementares que melhorem a experiência do utilizador.