A South African Airways (SAA), companhia aérea estatal da África do Sul, país que tem interesses imobiliários em Angola, anunciou que vai deixar de voar, a partir de 29 de Fevereiro, para oito destinos internacionais, incluindo Luanda, devido a problemas financeiros.
Num comunicado divulgado na quinta-feira, a transportadora indicou que vai abandonar as ligações para a cidade brasileira de São Paulo, mas manter a rota para a capital de Moçambique, Maputo.
A SAA vai também deixar de voar para a cidade chinesa de Guangzhou (Cantão) e para Hong Kong, numa altura em que várias companhias aéreas suspenderam os voos para a China continental, devido ao surto de coronavírus.
A transportadora sul-africana sublinhou que todos os passageiros com bilhetes para voos cancelados a partir de 1 de Março vão receber um reembolso integral.
Os administradores da falência da companhia aérea sublinharam que estas medidas fazem parte de um plano de restruturação que será divulgado no final de Fevereiro.
A SAA já tinha anunciado o cancelamento de cerca de 150 voos previstos para Fevereiro para cortar custos.
A empresa, que apresenta prejuízos desde 2011, emprega cerca de dez mil pessoas, num país que conta com uma taxa de desemprego de 29% e tem interesses imobiliários em Angola.
No final de Janeiro, o Banco de Desenvolvimento da África do Sul, instituição estatal, anunciou um financiamento à companhia no valor de 3,5 mil milhões de rands (cerca de 214 milhões de euros), afastando o risco de falência.