A Colliers International é a primeira consultora a analisar a evolução do mercado imobiliário angolano em 2018.
No seu Angola Snapshot Angola H2, a Colliers avalia a economia angolana e diz que, ao longo ano de 2018, Angola começou a reformar algumas das suas principais instituições, procurando refundar em bases sólidas a sua economia demasiado alicerçada no sector do petróleo e que tarda em dar sinais de retoma.
Sobre o mercado dos escritórios, a consultora internacional diz que o abrandamento da economia angolana levou à reestruturação de muitas empresas, que tiveram de reduzir o pessoal e o espaço de escritórios. Neste segmento imobiliário, diz a Colliers, “a oferta continua a superar a procura, pressionando os preços e os rendimentos para baixo” e o mercado pressiona as rendas para baixo, situando-se agora entre os 50 e 80 dólares o metro quadrado no CBD de Luanda, a uma yield de 14 a 18%.
Na faixa da habitação e hotelaria, a consultora destaca que a redução da procura, sobretudo de expatriados, tem pressionado os preços e as rendas para baixo. Na hotelaria, apesar da redução da ocupação, os preços apreciaram-se nominalmente, devido à flutuação cambial. Neste segmento, de acordo com o mapa de indicadores de preços que a consultora apresenta, uma casa em Luanda tem agora o custo de entre 3.200 e 6.000 dólares por metro quadrado e entre 2.000 e 6.000 dólares em Talatona.
Em conclusão, a Colliers considera que, em termos de investimento, o ano de 2018 “revelou-se difícil para os investidores imobiliários” em Angola. “Os constrangimentos no financiamento, bem como a escassez de divisas, travaram o investimento, limitando o surgimento de novos empreendimentos”, diz a prestigiada empresa internacional de consultoria e avaliação imobiliária.
A Colliers International, cotada no NYSE, é uma empresa global de gestão de investimentos e serviços imobiliários de alto nível que atende clientes nos mercados mais importantes do mundo e está representada em 69 países e operando com 15.000 profissionais.
Na mensagem que acompanha o snapxhot, o Director-Geral da Colliers International em Angola, Nuno Serrenho, sublinha que 2018 foi um ano em que a economia angolana “colocou à prova todos os intervenientes e agentes do mercado, sendo certo de que algumas das dificuldades sentidas, foram simultaneamente janelas de oportunidades para o sector imobiliário e no que se refere aos serviços prestados nesta área de negócio”.
Sendo a primeira consultora a reportar sobre o mercado imobiliário angolano em 2018, a Colliers mostra com estes relatório a atenção que continua a prestar a Angola.