Entre Outubro de 2017 e Março de 2018, o Estado angolano vendeu 279 imóveis e arrendou 549 outros, anunciou sexta-feira o semanário angolano “Economia & Finanças”.
Citando o balanço do Plano Intercalar feito pelo Ministério do Ordenamento do Território e Habitação, o semanário diz que os resultados do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação, em curso desde 2009, estão apenas a 23% do previsto.
Das 1.002.000 casas planificadas nos diversos programas, apenas foram concluídas 236.767, precisa o jornal.
Nos projectos sob gestão da Imogestin, foram concluídas 78.076 dos 80 mil das casas previstas, uma percentagem de 97,5 por cento, acrescenta.
Segundo o jornal, entre Outubro e Março, período em que vigorou o Plano Intercalar do Governo por falta de OGE, o Ministério do Ordenamento do Território e Habitação centrou a sua atenção nos “projectos estruturantes com financiamentos internos e externos garantidos”, com entrega de terrenos infra-estruturados e construção de infra-estruturas externas das centralidades ou urbanizações com habitações já concluídas, mas sem condições de habitabilidade.
Primeiras unidades de novas centralidades
Nesse período, segundo balanço, foram entretanto comercializadas as primeiras de 584 unidades da Centralidade “5 de Abril” e as primeiras de 570 da Centralidade “Praia Amélia”, ambas na Província do Namibe.
No Lobito foram entregues as primeiras de 653 unidades planificadas, na Baía Farta as primeiras de 357 e no Cazenga as primeiras de 280 disponíveis.
No Andulo, foram entregues as primeiras de 172 apartamentos de tipologia T3.
Construção das infra-estruturas externas
De acordo com o documento, as centralidades e urbanizações que têm as infra-estruturas em construção são as do Luhongo e Lobito (Benguela), do Km 44, Zango 0 e Zango 8000 (Luanda) e do Capari (Bengo).
Com a Imogestin está a Centralidade da Quilemba (Huíla) e com a construtora Kora-Angola a Centralidade do Quilomoço (Uíje).
Segundo o balanço, foram já concluídos projectos de construção das infra-estruturas externas da Urbanização do Tucuve (Cuando Cubango) e estão em elaboração os estudos de infra-estrutura externa para as centralidades da Açucareira (Bengo), Cazengo (Cuanza Norte), Saurimo (Lunda Sul), Carreira de Tiro (Malanje), Mbanza Kongo (Zaire) e Ekuma (Cunene) e para a construção de infra-estruturas integradas em Cacuaco (Luanda).
Autoconstrução dirigida
Para a autoconstrução dirigida – diz o documento citado pelo “Economia & Finanças” – foram concluídas as obras de infra-estrutura para 165 lotes da Reserva Fundiária da Muxima (Luanda) e estão paralisadas as obras para 139 lotes no Zango (Luanda), por razões financeiras.
Em coordenação com o Governo Provincial de Luanda, decorre o processo para a entrega de 229 lotes em Calomboloca, e em finais de Julho, na Reserva Fundiária da Catapa (Uíge), serão disponibilizados 156 lotes de terrenos infra-estruturados.