O Executivo mostra que acompanha muito de perto os problemas e a realidade que atravessa a cidade de Luanda. E que assume por inteiro as suas responsabilidades relativas à governação da cidade capital. Esta semana foram nomeados novos responsáveis para áreas de governação fundamentais para a cidade e a Comissão Administrativa de Luanda sabe o que tem de fazer para gerir a cidade. Foi desnecessário repetir, na altura da tomada de posse, a grande missão e as tarefas difíceis que toda a grande equipa que dirige os destinos desta grande cidade tem por cima dos ombros. Essas tarefas estão muito claras no Programa de Boa Governação da Cidade de Luanda que o Executivo aprovou quando tomou posse o actual Governador Provincial. A missão de requalificação e modernização deve continuar a ser realizada se quisermos vencer a batalha de melhoria da qualidade de vida das populações.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!A capital do país está a crescer e exige acções concretas para responder aos problemas que se arrastam desde o colonialismo, que se acumularam durante as décadas dolorosas do conflito militar e para adaptação dos serviços comunitários às mudanças introduzidas nesta imensa metrópole com a construção de novas centralidades.
Muitas das acções de que Luanda precisa estão em curso desde há algum tempo e são estruturantes. Têm a ver com a abertura de grandes eixos de circulação rodoviária e de enormes valas de drenagem das águas dos esgotos. Se não tivessem sido lançadas essas obras, a vida na cidade seria hoje ingovernável. A descompressão inicial foi conseguida e é perfeitamente perceptível num tráfego mais fluido à saída do centro da cidade pela Samba e Benfica e por Viana. Mas porque o efeito surpresa inicial de melhoria da circulação já passou, muitos de nós já se esqueceram do estado esburacado em que estavam as estradas ou a ausência delas. Já não temos presente as incompreensões e obstáculos que foi necessário ultrapassar para garantir o sucesso das obras realizadas. E hoje reclamamos porque outros buracos surgiram e exigimos que seja feito muito mais e rapidamente. Não percebemos que é preciso dar tempo ao tempo e é necessário dedicar muitas horas ao estudo e ao trabalho para a obra aparecer feita sem cometermos alguns erros do passado. O esforço do Executivo realizado em Luanda trouxe resultados palpáveis. Está a funcionar o comboio de passageiros e a rede de transportes colectivos regulares, foi alargada a variedade na oferta de serviços de táxi e estancada a ocupação ilegal de terrenos. O mercado imobiliário expandiu-se e o arrendamento está em progressão. Tudo isso porque foi lançado um corajoso programa de construção de habitação. Mas, como em outras grandes cidades do mundo, o trânsito é caótico nas horas de ponta e os semáforos, que foram sobredimensionados, não estão bem sincronizados.
A capital do país está em transformação e é preciso perceber como são postas em prática as soluções encontradas. Estou certo que o trânsito vai melhorar, e muito, quando ficarem concluídas algumas obras em curso, que neste momento retiram muita fluidez à mobilidade automóvel na cidade. O fim da requalificação da Praça do Kinaxixi e dos trabalhos que decorrem no eixo entre São Paulo e Kicolo e a conclusão das obras no eixo que liga a Avenida do Brasil ao Cazenga prometem melhorar a circulação automóvel. A conclusão destes trabalhos vai juntar-se à melhoria registada no trânsito para Viana e para Benfica. A requalificação de Luanda está no bom caminho e a missão que está sobre ombros do Governo Provincial de Luanda e da Comissão Administrativa de Luanda é grandiosa. Mas ela só pode ser bem realizada se for conduzida todos os dias. A equipa governativa de Luanda precisa de se fazer rodear de gabinetes técnicos avançados de planificação, integrados por bons arquitectos e engenheiros, e com equipas especializadas de canalizadores, carpinteiros e pedreiros para a intervenção permanente e multidisciplinar que a cidade exige.
Luanda está apenas no começo de uma nova vida. Muito daquilo que está a ser realizado hoje é essencial para futuras autarquias locais. Se hoje a intervenção é feita de uma maneira global, os nossos autarcas vão, no futuro, dedicar-se à especificidade de cada bairro, desenvolvendo políticas próprias para cada comunidade. O esforço de hoje é uma garantia da sustentabilidade do amanhã.
COLUNA: PALAVRA DO DIRECTOR
DATA: 12/05/2013