O sector imobiliário angolano está à espera que o Estado promova uma iniciativa enérgica que retire o mercado da crise em que se encontra praticamente desde 2009 e ajude a relançar a economia nacional.
As acções até aqui realizadas pelo Executivo para a retoma do mercado imobiliário – o Fórum Nacional Urbano e as medidas ligadas às novas centralidades, onde são detectadas diariamente defeitos de construção – limitaram-se ao sector estatal, não tocando nos aspectos que preocupam os privados, considerado o “motor” da economia.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!O mercado imobiliário reclama para si um papel importante na redinamização da economia nacional, por causa do impacte que produz na construção civil, sector que mobiliza tanto a actividade industrial como comercial e influencia fortemente a criação de emprego.
A insuficiência da acção governativa para “aquecer” todo o mercado imobiliário faz arrastar a expectativa nos investidores gerada com a mudança no poder político verificada em finais de 2017.
Essa expectativa paralisadora é notória não só no desinteresse dos proprietários em arriscar na oferta imobiliária e venda, mas também na ausência, este ano, dos habituais estudos de mercado que as consultoras publicam, geralmente, até Março.
Nem a Abacus, nem a Prime Yield Angola, nem a JLL, nem as áreas imobiliárias dos grandes bancos nacionais publicaram relatórios sobre a evolução do mercado imobiliário angolano em 2018.
Excepção foi a Colliers, que divulgou um pequeno e tímido relatório, no qual repetiu a ideia do condicionamento da recuperação do imobiliário angolano à saída da crise económica do país.
Em resumo, está todo o mundo à espera que o Governo faça alguma coisa mais do que “retórica” – a expressão usada pelo Chefe da Casa Civil do Presidente da República para explicar as falhas políticas do passado – para se tornar realidade a tão falada diversificação económica e voltar a transformar o sector imobiliário angolano num “canteiro de obras”.
Alguns acontecimentos do mercado imobiliário angolano que estivera em destaque no mês de Fevereiro:
- Tech Africa publica “Prestige Angola” sobre imobiliário e estilos de vida
- Administração Municipal do Cuanhama lança projecto urbanístico
- Desbloqueadas verbas para construção da Centralidade de Mbanza Kongo
- Mais de três mil casas do Namibe serão postas à venda em Junho