Pessoas ligadas à administração do Zango 5, em número não especificado, estão envolvidas na construção de 38 lojas e 12 residências inacabadas que foram destruídas esta segunda-feira, 26, pelas autoridades municipais, anunciou a Angop.
Segundo a agência, entre os implicados nas construções ilegais estão também elementos da fiscalização municipal, da polícia nacional e membros das comissões de moradores da localidade.
De acordo com a Angop, 38 lojas, 12 residências inacabadas e 15 alicerces localizados no terreno adjacente à centralidade Zango 5 e perímetro do futuro Aeroporto Internacional de Luanda foram destruídos pela Administração Municipal de Viana nessa operação feita com a protecção de efectivos da polícia.
As investigações relacionadas com este caso prosseguem e os implicados serão apresentados às autoridades judiciais, disse à Angop o director municipal da fiscalização de Viana, Paulo Vaz.
Os fiscais envolvidos, segundo o director, estão “perfeitamente identificados” e “serão punidos e expulsos da instituição após as investigações em curso” e “posteriormente entregues ao Serviço de Investigação Criminal (SIC), Polícia Nacional e Ministério Público”.
Segundo Paulo Vaz, as construções destruídas estão avaliadas em 280 milhões de kwanzas, valor que iria beneficiar os infractores após comercialização dos imóveis.
A construção ilegal era realizada à noite e os implicados “integram um grupo de elementos que fazem desta prática um negócio”, precisou o director da fiscalização municipal.
Paulo Vaz precisou que a operação deveu-se ao facto de os terrenos serem reservas do Estado e os implicados construírem sem autorização das autoridades competentes.
“Vamos agir severamente, com multas pesadas, contra todos o que queiram continuar com estas práticas condenáveis, para que a tranquilidade retorne aos munícipes”, disse Paul Vaz, citado pela Angop.
O município de Viana, que dista a 20 quilómetros de Luanda, é composto pelos distritos urbanos do Zango, Estalagem, Vila Flor, Baia, Kikuxi, vila sede e Comuna de Calumbo.