O presidente angolano, João Lourenço, decretou a nacionalização de 60% do Hotel Intercontinental Miramar, propriedade da sociedade comercial Miramar Empreendimentos e que continua em construção em Luanda.
A construção do hotel no eixo viário de Luanda está associada aos projectos megalómanos patrocinados pelos vários gestores da Sonangol que levaram à ruína a empresa e a economia angolana.
De acordo com o jornal “O País”, que cita um comunicado presidencial, a construção da unidade hoteleira foi financiada com recursos públicos, através da Sonangol, concedidos à sociedade Miramar Empreendimentos, que tinha como accionista maioritário a sociedade Suninvest Investimentos, Participações e Empreendimentos.
A distribuição das quotas atribuía 40% à Sonangol, enquanto accionista da Miramar Empreendimentos, 43% à Suninvest e 17% à Sommis SGPS Limitada, apesar de estas duas últimas empresas não terem contribuído financeiramente para a edificação da unidade hoteleira, segundo o jornal.
O presidente justificou a nacionalização deste hotel por ele não só ter sido construído com fundos públicos mas também pelo elevado valor e potencial para a economia nacional.
“A nacionalização visa a perda a favor do Estado da totalidade ou parte de bens ou participações em empresas privadas, quando estas tenham especial interesse para a economia do país, nos termos da Lei no 3/16, de 3 de Março, e da Lei no 1/82, de 2 de Fevereiro”, diz o comunicado da presidência citado pelo jornal.