A primeira pedra do Memorial da Batalha da Cahama, travada na década de 80 do século passado entre tropas angolanas e sul-africanas, foi colocada hoje pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general António Egídio de Sousa Santos, no município do mesmo nome.
Projectado para ser construído em seis meses, o Memorial, uma iniciativa do Governo da Província do Cunene, homenageia a resistência à invasão sul-africana do Sul de Angola simbolizada pelos combatentes da 2ª Brigada das FAPLA estacionada na Cahama.
O monumento apresenta uma base compacta em forma de estrela e um agrupamento de figuras de combatentes alinhados com o mapa de Angola.
Após lançar a construção do monumento, o Chefe do Estado-Maior General das FAA sublinhou a importância que representa para as novas gerações de angolanos conhecer o percurso histórico de Angola desde os primórdios da luta pela independência nacional até à conquista da paz e da reconciliação nacional, alcançada a 4 de Abril de 2002.
O Governador da Província do Cunene, Kundi Paihama, destacou, por seu turno, que os monumentos ajudam as novas gerações a conhecerem o passado e a estabelecerem a harmonia com o presente.
Nos primeiros anos da década de 80 do século passado, a vila da Cahama foi palco de fortes combates entre as forças armadas angolanas e as tropas invasoras sul-africanas.
A 13 de Junho de 1984, o então Presidente da República Popular de Angola, José Eduardo dos Santos, na qualidade de Comandante-Chefe, deslocou-se ao Comando da 2ª Brigada das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), que defendia com bravura aquela parte do território angolano das investidas das tropas do regime racista do apartheid.