Neste Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, convém lembrar o lugar de relevo que a mulher ocupa no imobiliário.
Por serem as donas de casa, as mulheres têm uma importância inegável no conjunto deste mercado.
Em Angola é já considerável o número de promotoras imobiliárias, mas pelo mundo a habilidade das mediadoras na angariação há muito que lhes é reconhecida.
Pelo lugar de relevo que conquistaram na sociedade, ocupando agora o centro do poder económico e de decisão política, as mulheres intervêm cada vez mais nas políticas de desenvolvimento social.
No Governo de Angola os últimos titulares da pasta do Urbanismo e Habitação têm sido mulheres. ´
No presente elenco governamental a Ministra do Ordenamento do Território e Habitação é Ana Paula de Carvalho (foto).
Embora isso nada diga sobre a qualidade do trabalho, mostra o lugar que está reservado às mulheres na governação.
Como público-alvo do mercado imobiliário, a mulher é também um segmento do jogo de marketing.
Em linha com o seu grande papel empreendedor e de liderança em África, a mulher exerce influência na compra da casa familiar, determinando o modelo da habitação, a sua dimensão, os pequenos detalhes.
Grupo-alvo da actividade imobiliária, as mães solteiras angolanas com dois ou mais filhos são um segmento importante a ter em conta.
O Programa Nacional de Urbanismo e Habitação, lançado há uns anos pelo Governo angolano, levou à construção de milhares de habitações destinadas à faixa de baixo rendimento.
Muitas dessas casas estão por acabar ou estão hoje fechadas por causa da crise de financiamento. Grande parte delas está a ser comercializada a preços especulativos.
Não seria bom entregar essas casas do Estado às mães que delas precisam?