Os preços do arrendamento de escritórios na cidade de Luanda caíram em média 28,5% em 2017 face a 2016, sendo a maior descida de preços no segmento imobiliário da capital angolana, avança o semanário Expansão, citando dados do relatório Angola 2017-2018 sobre o mercado imobiliário angolano, elaborado pela consultora Proprime Yield.
Em relação à venda, os escritórios na cidade de Luanda sofreram uma descida de 21% face a 2016, com o custo por metro quadrado a baixar de 5.250 dólares para 4.138 dólares, refere o semanário.
Segundo o estudo da Proprime Yield, empresa especializada em estudos, consultadoria e avaliação de bens, com escritórios em Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal, a queda dos preços do imobiliário em Luanda é reflexo da redução na procura provocada pela saída de muitos cidadãos estrangeiros de Angola, devido aos ajustes feitos no quadro do pessoal pelas empresas multinacionais por causa da crise de financiamento em Angola.
Os preços no centro da capital angolana continuam mais caros do que na zona sul da cidade, considerada a área de Luanda de expansão, indica ainda o estudo, que apresenta os preços em dólares.
Segundo a Proprime Yield, em finais de 2017 a compra de um apartamento T4 com 170 metros quadrados na Ingombota (centro de Luanda) custava em média 925 mil dólares, contra 992.250 dólares em 2016, e o valor médio por metro quadrado em 2017 rondou os 5,4 mil dólares.
Já em Talatona (Luanda Sul) uma moradia com a mesma tipologia, com uma área média de 215 metros quadrados custava 790 mil dólares em 2017, contra 880 mil em 2016. O preço do metro quadrado nesta zona, que chegou a valer 3.674 dólares em 2016, teve uma redução de 10,2%.
A baixa de Luanda foi a zona onde os valores dos escritórios registaram menor descida, cerca de 7% nos preços de venda e 12,5% nas rendas, diz o estudo citado pelo semanário angolano.
A consultora Proprime Yield, autora do relatório e dirigida por Francisco Virgolino, foi a primeira empresa registada na Comissão de Mercado de Capitais (CMC) de Angola para avaliar imóveis de Fundos de Investimento Imobiliário.
A empresa resultou da associação entre a Prime Yield, com sede em Portugal, e a Progest, em Angola, estando sujeita à supervisão das entidades reguladoras do mercado financeiro angolano.